Asteya - não roubar अस्तेय
Breve Introdução:
No texto "Os alicerces do yoga" foram abordados os oito membros do yoga, segundo os Yogasutras de Patanjali: Yama; Nyama; Asana; Pranayama; Pratyahara; Dharana; Dhyana e Samadhi.
No texto "Os alicerces do yoga" foram abordados os oito membros do yoga, segundo os Yogasutras de Patanjali: Yama; Nyama; Asana; Pranayama; Pratyahara; Dharana; Dhyana e Samadhi.
Para relembrar, os Yamas são cinco:
Ahiṃsā, não violência; Satya, verdade; Asteya, não roubar; Brahmacharya, controle da energia sexual; e, Aparigraha - desapego.
Segundo Patanjali, a observância de Ahimsa torna o Sadhaka (monge) imune ao sentimento de inimizade de todos os seres. Satya o leva a obter os resultados desejados de qualquer ação sem muito esforço. Asteya leva à disponibilidade de riqueza ao iogue, o que for necessário para o benefício das pessoas carentes. Brahmacharya leva ao acúmulo de Veerya (energia vital) e, como resultado, Ojas (energia espiritual que é armazenada no cérebro). Ojas é a verdadeira força por trás da conquista do Brahman. O Aparigraha leva ao conhecimento dos nascimentos passados e futuros do iogue e acentua seu desejo de se livrar dos ciclos de nascimentos e morte.[4]
Neste texto é abordado o terceiro yama, o conceito de Asteya - não roubar अस्तेय
Asteya, o terceiro Yama, é comumente conhecido como não roubar [5]. De uma forma simples, é considerado como roubo pegar aquilo que não é seu e que não lhe foi dado [1]. O que constitui roubo comum é bem conhecido por quase todos, mas os seres humanos têm inúmeras maneiras de roubar sem parecer roubo [4]. Rouba-se porque deseja-se, o que não significa necessariamente que rouba-se apenas objetos físicos [5].
Apropriação indevida, quebra de confiança, má gestão ou mau uso de recursos, usar algo para uma finalidade diferente daquela pretendida ou além do tempo permitido pelo proprietário [3]. Levar crédito por algo que você não fez, plágio, fingir possuir, não pagar o que deve, cobrar mais do que o justo, forçar o outro a dar, não dar aos outros o que lhes devemos ou o que somos legal ou moralmente obrigados a dar [4]. Roubar idéias alheias [5].
Esse yama nos leva a uma ideia profunda sobre honestidade, definindo o "não roubar" como um estado de espírito liberto do desejo já que "O roubo não pode existir naqueles cujo desejo foi cortado" [4].
Não usurpar a riqueza de outras pessoas através da mente, fala ou ação é chamado Asteya [7]. Para poder seguir este código, devemos estar satisfeitos com o que temos, com nossos pertences, nossa maneira de pensar, o que fazemos, onde estamos, quem somos, etc. Em outras palavras, não devemos ser gananciosos e devemos buscar o contentamento [5]. O desejo atrapalha o fluxo da tranquilidade [3].
De acordo com Patanjali, ao se aperfeiçoar nesse yama todas as
riquezas fluirão em sua direção.
Cada pessoa, em sua sua existência pessoal, é uma engrenagem vital na roda da vida e cumpre um potencial, um Dharma individual. O tempo que se destina a ser dedicado ao desenvolvimento do Ser e que não foi utilizado para esse fim, é o roubo do tempo. Desde o nascimento até a morte, a cada momento da vida em que falhamos em nos autoconhecer, em aprender com nossos erros e transformar, evoluir, estamos roubando o tempo do espírito, o tempo do Dharma que nos foi dado. Não deixe o seu tempo passar, viva [1]!
Que todos os seres possam encontrar a paz,
Namastê
ૐ
Referências:
[1]Chakra e Kundalini workbook, Swami Anandakapila Saraswati, 2003.
[2]Yoga of Gita, Swami Yogeshwarananda, 2016.
[3]Light on yoga, BKS Iyengar, 2005.
[4]Om Yoga Its theory and practice, Swami Nirmalananda Giri, 2006.
[5]Principles and methods of yoga practices, Yogachemmal Sri G Dayanidy.
[6]Understanding the yoga darshan, Yogacharya Ananda Balayogi Bhavanani, 2011.
[7]Yoga Makaranda or Yoga Saram, Sri T Krishnamacharya, 1934.
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