Competitividade e yoga

Uma das primeiras lições que eu aprendi no yoga foi: 

Preocupe-se com o seu tapetinho! 

          Quando começamos a praticar qualquer tipo de atividade em grupo, nosso primeiro impulso, até mesmo inconsciente, é de comparar e competir. Então procuramos observar em volta, em busca do nosso próprio ideal de oponente.

Segundo Boa Yoga, "(...)  existe um senso de competitividade muito enraizado em nossa cultura, em todos os setores, e que gera sofrimento quando o indivíduo pensa que tem que ganhar ou ser melhor do que alguém." Percebamos que, na verdade, estamos em busca de uma representação exterior de valores (estéticos, morais, éticos, ...) que supomos que nós ainda não temos, ou não desenvolvemos. Dessa forma, quando colocamos nossa energia em "querer/ser/fazer melhor" que fulano ou ciclano, "(...) cria-se uma divisão no próprio indivíduo e uma distância nos relacionamentos causando sofrimento" um obstáculo para o desenvolvimento pessoal, já que a mente se mantém presa ao nível físico.

Dessa maneira, podemos fazer alguns auto-questionamentos para entender melhor a origem desse sentimento dentro de nós:

- O que fez com que o sentimento de competição despertasse dentro de mim? Qual foi o gatilho?

- Esse sentimento tem alguma ligação com insegurança? 

- Esse sentimento tem alguma ligação com baixa estima? 

- Esse sentimento tem alguma ligação com auto imagem deturpada? 

- Esse sentimento tem alguma ligação com medo? 

- Esse sentimento tem alguma ligação com busca por aceitação? 

- Esse sentimento tem alguma ligação com desejo, inveja?

- Esse sentimento tem alguma ligação com vaidade?

- Como posso mudar e melhorar?

           É importante ressaltar que a prática do yoga é voltada para a interiorização, o auto-conhecimento, para a percepção e unificação de nós mesmos: nosso corpo, nossa mente e nossa energia. É um "(...) esforço contínuo com a reflexão sobre os próprios pensamentos e comportamentos, efetuando os ajustes necessários em nossas ações." 

Uma dica! 

Quando nos concentramos na percepção da respiração, de alguma parte em especial do nosso corpo, ou na energia de um chakra específico - por exemplo, perde-se a conexão exterior, fazendo com que essas reações inconscientes sejam cessadas, trazendo toda a concentração dentro de si.   

         Estamos em constante aprendizado e desenvolvimento, não somos perfeitos, portanto sejamos francos em nossas auto-análises, mantendo uma postura ativa encontrando soluções para os problemas de maneira prática. E, para finalizar, aprenda a observar também as suas qualidades, seus pontos fortes, e a valorizar o seu próprio desenvolvimento e os seus desafios interiores. Ame-se como o indivíduo único e especial que és!

Que todos os seres possam ser felizes, 

Namastê!
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